Craig Smith, treinador de Neemias Queta e Diogo Brito na Utah State University, fez a estreia em Portugal para acompanhar a Seleção Sub20 em Matosinhos e perceber, ao vivo, o que já sabia do film: a evolução de “Neemy” e o impacto do seu núcleo duro. Orgulhoso por orientar “os únicos dois portugueses na Division I”, Smith elogia o ambiente no CDC (“dá para sentir a paixão mesmo vindo de Utah”) e revela que todo o balneário dos Aggies parou para ver o jogo em big screen.
No plano técnico, o treinador destrinça o salto de Neemias do primeiro treino à forma atual: mais massa e assertividade, melhor finalização com as duas mãos, comunicação defensiva de elite e leitura de jogo mais simples e eficiente. Recorda a época de estreia em que o poste foi Defensor do Ano da Mountain West como freshman e sublinha a âncora que ele oferece à agressividade do perímetro. Sobre Diogo Brito, descreve um jogador cerebral que “faz de tudo” e cujo clique competitivo em janeiro ajudou a disparar a equipa.
Smith revisita a temporada histórica (28-7, campeões da Mountain West, March Madness), aponta métricas de topo na defesa (proteção do cesto e ressalto defensivo) e enquadra 2019/20: projeções Top 25, oito regressos (dois pós-rotura de ligamentos), sete caras novas e um credo simples — “pressure is a privilege” — com o objetivo de voltar ao Torneio da NCAA… e ganhar quando lá chegar.
Uma conversa franca sobre desenvolvimento, cultura e ambição que explica porque Utah State foi muito mais do que uma história bonita.