Nesta edição especial do Queta Report, trocamos a análise tática por uma viagem a Boston, em pleno Thanksgiving. Sem jogos de Neemias Queta para dissecar por causa da lesão, abrimos o microfone ao adepto português que mais vezes o viu ao vivo no TD Garden:
, benfiquista assumido, season ticket holder dos Celtics e voz muito presente no Celtics Twitter.Rui vive em Boston há seis anos, depois de passagens pela Grécia e pela Suíça, e encontrou no desporto uma forma de se integrar na comunidade e de encurtar a distância a Portugal. Entre pacotes de 10 jogos, lugares em pé no Boston Garden Society, bilhetes comprados à última hora e viagens apressadas de metro à hora de ponta, foi construindo uma rotina em que ver Neemias ao vivo se tornou quase um projeto de vida. Pelo caminho, acumulou histórias de bastidores, aparições no Jumbotron com bandeira portuguesa e aquela sensação estranha de ter a parede mesmo atrás da cadeira na última fila do pavilhão.
A partir dessa perspectiva privilegiada, fala-nos da evolução de Neemias em Boston: da imagem inicial de “energy guy” tímido, que quase pedia desculpa por estar em campo, ao poste titular que hoje organiza a defesa, pede a bola no ataque e obriga adeptos e beat reporters a reverem opiniões. Rui descreve o contraste entre a “calma olímpica” com que o português recebe “descascas” de Joe Mazzulla e a forma como o público reagiu à explosão de rendimento, às camisolas que começam a aparecer nas bancadas e ao respeito crescente dentro da própria organização.











