🏀 Novo desafio para Clara Silva
Depois de um verão marcado por um Mundial Sub19 memorável, a poste vira atenções para a NCAA, em busca de mais minutos e protagonismo.
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⭐ Clara Silva explica mudança para TCU
Depois de brilhar no Mundial Sub19 e conduzir Portugal a um histórico 7.º lugar com médias de 23.0 pontos, 9.7 ressaltos, 2.0 assistências e 2.9 desarmes de lançamento, Clara Silva prepara-se para uma nova etapa nos Estados Unidos: vai trocar Kentucky pela Texas Christian University (TCU).
Na época 2024/25, na estreia na NCAA, a poste natural de Faro foi suplente da norte-americana Clara Strack, e teve uma média de apenas 12,5 minutos por jogo ao serviço de Kentucky. Apesar da boa eficácia nos lançamentos (56.5%), os números reflectem a utilização reduzida: 4.0 pontos, 2.6 ressaltos e 1.1 desarmes por jogo. A mudança para TCU representa um novo contexto competitivo e maior margem de crescimento.
“Precisava de encontrar um lugar melhor para mim e ter mais oportunidades. Estou muito feliz com a mudança e com muita vontade de começar. Tenho muito a aprender lá.” — Clara Silva (via O Jogo)
“As expectativas são melhorar como jogadora e aproveitar esta nova oportunidade.” — Clara Silva (via Agência Lusa)
Depois do impacto mediático no Mundial de Brno — onde foi eleita melhor defensora, segunda melhor marcadora e terceira melhor ressaltadora da prova —, a gigante de 1,98 metros confirmou o seu estatuto como referência do basquetebol português.
O impacto de Clara Silva no Mundial não passou despercebido à imprensa internacional. Num artigo publicado pelo diário desportivo espanhol Marca, a atleta lusa é apresentada como “a joia portuguesa que deslumbra o mundo”, sublinhando o seu papel na caminhada de Portugal e destacando a exibição frente a Israel como “uma das maiores de sempre num Mundial Sub19”.
O jornal descreve-a como “o coração e o muro intransponível” da seleção portuguesa, elogiando a maturidade competitiva da jogadora de apenas 19 anos e o seu domínio em ambos os lados do campo. “Mais do que os números, foi a capacidade de carregar a equipa nos momentos decisivos que a tornou uma das grandes revelações do campeonato”, escreve a Marca.
🇵🇹 Qualificação EuroBasket 2027: Portugal volta a cruzar-se com a Sérvia
O caminho para o FIBA Women’s EuroBasket 2027 já começou a ser traçado. No sorteio realizado esta quarta-feira, em Munique, Portugal ficou no Grupo G da primeira fase de qualificação, juntamente com Sérvia e Islândia. A competição será disputada em duas janelas: novembro de 2025 e março de 2026, com três jornadas por ciclo.
A primeira fase envolve 27 seleções, divididas por sete grupos. Apuram-se para a fase seguinte os dois primeiros classificados de cada grupo, mais os três melhores terceiros, num total de 17 equipas. Estas juntar-se-ão às sete seleções que vão disputar os Torneios de Qualificação para o Mundial de 2026: Chéquia, França, Alemanha, Hungria, Itália, Espanha e Turquia.
As quatro anfitriãs do EuroBasket 2027 — Bélgica, Finlândia, Lituânia e Suécia — têm presença garantida na fase final e disputarão os jogos do Grupo H, sem interferência no apuramento.
A Sérvia, atualmente 8.ª no ranking FIBA, é velha conhecida das “Linces”: foi com uma vitória memorável em Coimbra que Portugal selou a qualificação inédita para o EuroBasket 2025, precisamente frente à formação balcânica. Já a Islândia, 62.ª no ranking mundial, chega de uma campanha modesta — uma vitória e 5 derrotas — que a deixou fora da última fase final.
A seleção nacional feminina parte agora com um estatuto reforçado, depois de uma estreia absoluta em fases finais, no passado mês de junho, que ficou marcada por uma vitória diante de Montenegro. O 12.º lugar final e o impacto da campanha confirmaram a evolução de um projeto liderado por Ricardo Vasconcelos, que tem agora um novo objetivo: voltar a estar entre as melhores da Europa.
Portugal fecha Universíadas no 6.º lugar
Sob o comando de Ricardo Vasconcelos, a Seleção Nacional Sub23 feminina terminou a sua participação nos Jogos Mundiais Universitários de Rhine-Ruhr 2025 na 6.ª posição, após uma derrota frente ao Japão no jogo de atribuição do 5.º lugar.
A campanha começou com uma estreia difícil frente à poderosa seleção chinesa, mas Portugal reagiu de forma categórica: vitória convincente sobre o Chile e exibição sólida diante da Roménia, que garantiu a qualificação para os quartos-de-final. Aí, a equipa das quinas caiu perante a Hungria. Redimiu-se logo de seguida com um triunfo sobre a Finlândia, que valeu o acesso à luta pelo top 5 — objetivo que acabaria por escapar na despedida frente às nipónicas.
Ao longo do torneio, várias jogadoras se destacaram com números consistentes e influência clara no jogo coletivo: Sara Barata Guerreiro (10.5 PTS, 6.5 REB), Ana Barreto (10.0 PTS, 5.3 REB), Inês Ramos (9.8 PTS, 2.5 AST), Eva Carregosa (8.8 PTS, 5.0 REB, 3.0 AST) e Inês Bettencourt (8.7 PTS, 2.8 REB).
☘️ Quetalândia: Boston Celtics atentos a Charles Bassey
A vaga deixada por Kristaps Porziņģis no frontcourt dos Boston Celtics continua a gerar discussão e um dos nomes que mais se destacou na Summer League pode ameaçar diretamente o espaço de Neemias Queta na rotação.
Segundo o analista Keith Smith, a equipa técnica de Boston está interessada em manter Charles Bassey após uma prestação sólida do poste de 2,11 metros de origem nigeriana em Las Vegas, onde somou médias de 15.3 pontos, 11.0 ressaltos e 2.0 desarmes de lançamento nos três jogos efectuados.
“Foi uma excelente prestação, tendo em conta que chegou tão tarde à equipa. Não sabemos se teremos espaço no plantel, mas adoraríamos continuar a trabalhar com o Charles e ver se conseguimos encontrar uma solução”, afirmou um elemento do front office dos Celtics, num artigo assinado por Smith no site Spotrac.
No entanto, mesmo com os elogios da estrutura, a sua inclusão no plantel depende de cortes e trocas. Assim, o cenário mais provável, para já, será um convite para o training camp, sem quaisquer garantias, a menos que opte por uma mudança de rumo na carreira, já que tem sido reportado o interesse de equipas da EuroLeague, como oVirtus Bologna e o Partizan de Belgrado, nos seus serviços.
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No último episódio do podcast Bola ao Ar, o que esperar de 76ers, Celtics, Bucks, Pistons e Clippers em 2025-26, os favoritos a vencer o EuroBasket e o Mundial Sub19 inesquecível de Clara Silva.
E na primeira edição da semana, antevisão de mais cinco equipas para 2025-26, o regresso a casa de Chris Paul e o encaixe de Marcus Smart nos Lakers.