🏀 Neemias Queta quer mais em Boston
Com o «frontcourt» dos Celtics em reconstrução, o poste português de 26 anos e 2,13 metros trabalha para transformar o voto de confiança num lugar de destaque no cinco inicial.
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☘️ Quetalândia: Neemias quer provar o seu valor em Boston
Três meses depois de ser operado ao joelho esquerdo e a menos de um mês da estreia no EuroBasket, Neemias Queta volta a surgir em destaque, desta vez pelas palavras. Numa entrevista ao jornalista Bobby Manning, da CLNS Media, o poste português falou da recuperação, da Seleção Nacional e, sobretudo, da época que se avizinha na NBA. E assumiu que enfrenta o maior desafio da carreira.
“Sinto que estou a crescer, a desenvolver-me de forma consistente, com mais responsabilidade… Tenho de aparecer todos os dias com mais consistência. Tenho trabalhado para isso e sinto que estou a ficar pronto. (…) Espero que seja um grande ano para mim em geral, e acho que vou corresponder à altura — eu e os outros também. Não somos o grupo que toda a gente aponta como o melhor, mas vamos provar o contrário.”
O gigante do Vale da Amoreira tem os olhos postos em Boston e na vaga deixada por Kristaps Porziņģis, Al Horford e Luke Kornet. Durante duas temporadas, aprendeu com eles e esperou a sua vez. Agora, com o frontcourt dos Celtics em reconstrução, há quem já o aponte como favorito à titularidade. A resposta do português? Trabalho. E a certeza que ninguém lhe vai oferecer nada.
“Quero estar em grande forma, tomar decisões de elite com a bola na mão e terminar bem as jogadas este ano. Quero também aumentar o número de lances livres tentados e melhorar a eficácia. Quero ser agressivo e garantir que subo a minha percentagem da linha. Trabalho sempre o lançamento de três, porque nunca se sabe quando vai ser preciso. E mesmo que não seja um grande lançador de três, se estiver sozinho e tiver de lançar, lanço com confiança.”
Nos treinos de verão em Carcavelos, Neemias contou com a orientação próxima de Taaj Ridley, treinador-adjunto dos Maine Celtics (equipa dos Boston Celtics na G League), que desenhou sessões específicas para o seu desenvolvimento técnico. “Estamos a trabalhar o toque perto do cesto, a colocá-lo confortável nos bloqueios sem cometer faltas e a afinar o gesto de lançamento, o follow-through”, explicou Ridley, que acrescentou: “Ele quer expandir o jogo, ser capaz de lançar de fora, e esta é a altura certa para isso. São detalhes minuciosos, mas que potenciam o que ele já tem.”
Neemias fala com a prudência de quem sabe que nada está garantido. Há dois anos, duvidava se continuaria a jogar na NBA. Hoje, ouve rookies como Amari Williams chamarem-lhe “veterano” e pedirem conselhos. É uma mudança de estatuto, que encara com naturalidade.
“Há dois anos nem sabia se ia continuar na liga, e agora é uma grande posição estar a ser visto como veterano. Mas nunca se deve dar isso como garantido, porque nunca sabemos o que o amanhã nos traz. (…) Estou só feliz por ter esta oportunidade à minha frente para mostrar quanto valho. Vamos a isso. Se o Amari ou os mais novos precisarem de alguma coisa, estou aqui para os ajudar, aproximá-los da equipa e facilitar-lhes o caminho, tal como os outros fizeram comigo.”
É este o Neemias Queta que se pode esperar a partir de 21 de outubro, no TD Garden, em Boston: mais maduro, mais completo e mais determinado do que nunca a conquistar o seu lugar na NBA.
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