Video Don’t Lie E8 | Queluz O Nosso Prego – FC Porto: A lei do bloqueio direto
Quem tira mais do pick and roll, Queluz ou FC Porto?
Há jogos em que o bloqueio direto aparece como arma pontual. Há outros, como este, em que o bloqueio direto é praticamente o dicionário completo. Queluz O Nosso Prego e FC Porto vivem do pick and roll e, por isso, fizemos aquilo que nos dá mais gozo: parar, voltar atrás e perceber como criam vantagens, como as perdem e o que separa eficácia de desperdício.
Comecemos pelo FC Porto. A equipa de Fernando Sá voltou a mostrar porque insiste tanto no spread pick and roll: espaço, ritmo e decisões rápidas. Fomos ver de perto como a largura do campo influencia as leituras, como resolvem contra zona e como detalhes de espaçamento transformam jogadas banais em vantagens claras. Aquelas pequenas escolhas que, no vídeo, gritam mais alto do que parecem no direto.
Do outro lado, o Queluz de César Rodrigues trouxe outro tipo de riqueza. Observámos como a equipa procura atacar a mesma cobertura de bloqueio direto de formas diferentes, em particular a ice, que tenta negar o uso do bloqueio. Entre o short roll, passes que queimam ajudas e ângulos pouco ortodoxos, o Queluz encontrou maneiras inteligentes de fugir ao que o FC Porto queria obrigá-los a fazer. Pelo meio, ainda houve tempo para olhar para a transição defensiva, área onde qualquer segundo de atraso se transforma em pontos fáceis para o adversário, e para revisitar o sempre útil Spanish pick and roll.
O jogo teve tudo o que um treinador gosta de estudar e tudo o que um adepto gosta de ver: ritmo, ataques longos e curtos, muita bola na mão e decisões constantemente postas à prova. E, porque nem só de tática vive um episódio longo, houve espaço para filosofias, rumos do jogo e até um shout-out à mítica turma de 2018 do Grau 3 de Miguel Tavares.
Na versão mais extensa, disponível gratuitamente no Patreon da DWO Basketball, aprofundámos as soluções de cada equipa, comparámos abordagens ao bloqueio direto e avaliámos o que FC Porto e Queluz já fazem bem e o que ainda tem margem para crescer.
No final, tudo se resume às evidências. O melhor é ver, porque o vídeo não mente.





