🏀 O trunfo da Seleção Nacional
Em entrevista à Agência Lusa, Mário Gomes fala de Neemias Queta como fator decisivo, explica o que diferencia este grupo das seleções de 2007 e 2011, e reafirma o objetivo de passar da primeira fase.
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🇵🇹 Mário Gomes destaca papel de Neemias Queta na Seleção Nacional
O selecionador nacional, Mário Gomes, não esconde o peso que Neemias Queta terá na fase final do EuroBasket 2025. Em entrevista à agência Lusa, o técnico destacou não só o impacto imediato do poste dos Boston Celtics em campo, mas também a influência que exerce no balneário.
“Mal chega, o impacto é logo na defesa; com tempo e integração, vai ter um impacto importante no ataque. Aliás, no jogo que nós ganhámos com a Espanha, ele fez 17 pontos em 20 minutos. Portanto, basta dizer isso para perceber o impacto que tem”, afirmou.
Para além do rendimento, Mário Gomes enfatizou a dimensão humana do único português na NBA: “Além de ser o jogador que é, é uma pessoa extraordinária, é muito boa gente, como nós costumamos dizer. A presença dele traz ainda mais motivação à equipa. A equipa acredita ainda mais nela própria e sente uma maior segurança por termos o Neemias conosco”.
O objetivo para o torneio está definido desde o apuramento histórico e não sofreu alterações: “Se o objetivo é passar a fase de grupos? Claro que é. É desde fevereiro [quando foi conseguido o apuramento], e não temos motivos nenhuns para o alterar, antes, pelo contrário”. Apesar das dificuldades, reforça: “Não temos razão nenhuma para nos desviarmos dos nossos objetivos. O facto de a história ser a que é, não nos faz desviar dos nossos objetivos, nem nos faz pensar que é mais fácil, ou que é mais difícil”.
Portugal vai competir no Grupo A, em Riga, ao lado de Sérvia, Letónia, Turquia, Chéquia e Estónia. Para o selecionador, a estreia frente à Chéquia assume caráter decisivo. “É fundamental. Seria sempre, independentemente do adversário, e o começar bem pode não ser só em termos de vitória e derrota. Pode ser de demonstração de capacidade ou de incapacidade”, explicou. Ainda assim, o técnico rejeita dramatismos: “Se vier [a vitória], não está nada garantido. Mas, se não ganharmos o primeiro jogo, vamos ao segundo, e depois do segundo vamos ao terceiro, porque também não está nada perdido. Nós temos que reagir. Não temos tempo nem para chorar, nem para entrar em euforia. Portanto, aquilo é atar e pôr ao fumeiro, como se costuma dizer”.
Mário Gomes destacou ainda a maturidade competitiva e a química deste grupo. “Este grupo de jogadores tem uma química muito especial entre eles. A mentalidade e atitude competitiva coletiva é mais do que a soma das atitudes individuais. Transformar isso numa crença coletiva conseguiu-se com este grupo mais do que com os anteriores”. Na comparação com gerações passadas, frisou que, ao contrário de 2007 ou 2011, esta seleção está em fase ascendente: “Enquanto nos primeiros grupos a maioria dos jogadores estava a caminhar para o fim da carreira, estes jogadores têm quase toda a carreira pela frente ainda.”
O selecionador reconheceu, contudo, a importância das ausências. “O Rúben Prey deu-nos uma ajuda na primeira janela, mas ficou descartado cedo, porque a universidade onde ele está não o autoriza a vir, enquanto o André Cruz e o Gonçalo Delgado foram dois jogadores importantíssimos na qualificação. Lamento muito não os ter, porque eles mereciam estar no Europeu ou, mesmo que viessem a não estar, mereciam muito lutar por um lugar”.
⭐ Inês Vieira: “Sonhava jogar em Espanha desde criança”
Depois de quatro temporadas na NCAA, na universidade de Utah, Inês Vieira prepara-se para iniciar a sua carreira profissional em Espanha, ao serviço do Iraurgi, da LF Challenge (segundo escalão).
Em entrevista à Federação Portuguesa de Basquetebol, a base madeirense recorda os anos exigentes no CAR Jamor, a experiência universitária nos Estados Unidos, a origem da alcunha “The Mosquito” e a ambição de chegar à WNBA. E falou da vontade de assumir um papel de liderança na Seleção Nacional.
“Ao início (no CAR Jamor) foi muito duro. Cheguei a ter dias em que só queria ir embora. Mas os meus pais sempre disseram: ‘Tomaste esta decisão, agora vais cumpri-la’. E eu: ‘OK’. Chorei muito no meu quarto.”
“Utah é nas montanhas. Nos primeiros treinos não conseguia respirar até ao fim dos exercícios. Mas depois, quando jogávamos noutros estados, como a Califórnia, voávamos em campo. Estávamos habituadas à altitude e notava-se.”
“Houve um jogo em que roubei duas bolas seguidas e o speaker começou a gritar ‘The Mosquito’! Eu odiava, pensava: ‘Mas porquê mosquito? Que inseto irritante…’ Depois percebi — porque sou chata, não largo, estou sempre ali, a pressionar. E comecei a assumir. Fizeram até t-shirts com a minha cara e a dizer ‘The Mosquito’.”
“Quando eu era pequena, vivemos um ano em Espanha, porque o meu pai era adjunto no Perfumarias Avenida. Eu fiquei com esse sonho. Sonhava jogar em Espanha desde criança. É perto de Portugal, sim, mas o que me atrai mesmo é a qualidade do jogo, a habilidade das jogadoras. Todas sabem fazer tudo. Lançamento, técnica, visão de jogo… E jogam rápido. Eu gosto de jogo rápido.”
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