🏀 Neemias Queta quer ser "importante numa equipa que venha a ganhar títulos"
Português deu entrevista ao jornal Record e manifestou desejo de conquistar G League esta época, continuar a evoluir em Sacramento e representar a Seleção Nacional sempre que for possível.
Depois dos conteúdos com o treinador Bobby Jackson e os atletas Trey Burke, Keon Ellis e Deonte Burton, dos Stockton Kings, o jornal Record divulgou esta quinta-feira uma grande entrevista a Neemias Queta, da autoria do jornalista Pedro Filipe Pinto. Estas foram as principais citações do poste português dos Sacramento Kings:
“Tenho noção de tudo o que tenho feito ao longo destes anos, mas o meu objectivo é muito maior do que isto. Tenho muito pela frente para conseguir alcançar as minhas metas. Estabelecer-me na NBA e ser um jogador importante numa equipa que venha a ganhar títulos. Temos um excelente projecto aqui em Sacramento, está a ser criado um bom grupo, uma boa unidade para podermos crescer e chegar aos playoffs a um nível elevado. Acho que tenho bastante espaço para poder crescer aqui.”
“Acho que tenho evoluído dentro do que é expectável. Tenho bastante potencial para poder crescer e tornar-me num jogador importante na NBA. Desde miúdo que sempre tive o sonho de chegar aqui. Agora, às vezes chego ao pavilhão, entro no balneário, olho para o meu cacifo e digo para mim próprio: ‘Fogo, estou mesmo aqui’. É preciso ter os pés na terra e saber que tudo o que eu tenho podem tirar-me daqui a pouco, do nada. Tenho de saber usar a pressão a meu favor.”
“Eu lido bem com esse tipo de situações [poucos minutos na NBA]. Posso ficar frustado, pode não ser a melhor situação, mas eu tenho que saber lidar com esse tipo de momentos, porque já passei por pior. Estou feliz com o que estou a viver e tenho de continuar a trabalhar para conseguir voltar a ter essas oportunidades e conseguir provar o meu valor.”
“Vamos ter condições para ganhar a G League. Temos uma equipa muito completa, temos atletas com grande talento e estamos na nossa melhor fase. Ganhar um campeonato a nível profissional aqui nos Estados Unidos é sempre muito bom. Tens o mundo inteiro a ver-te e é uma excelente oportunidade.”
“Os treinadores podem dizer-me o que quiserem, que eu estou tranquilo e tenho confiança em mim mesmo. É sempre bom ouvir o treinador dizer coisas boas sobre ti. Dá-te mais confiança, dá para perceber quando é que podes falar com ele. Uma coisa que eu quero é que sejam sempre honestos comigo. Se eu estiver a jogar mal, tens que me dizer na cara logo. Só assim é que consigo melhorar.”
“Trabalho mesmo muito, mesmo no meu tempo livre e o fruto disso tem sido a evolução que tenho tido ao longo dos últimos anos. Mas sei que ainda tenho muito mais trabalho pela frente e que o melhor ainda está por vir. Saber que tenho o apoio dos portugueses ajuda-me, porque quero continuar a conseguir orgulhá-los.”
“A Ticha foi um ícone na cidade pela maneira como ela jogava. Criava para todas as jogadoras, envolvia a equipa toda com as assistências e os passes electrizantes. Ela conseguiu cativar aqui a malta de Sacramento. Estamos sempre associados. Termos vindo para a mesma cidade, treino no mesmo pavilhão em que ela treinava, quase tudo igual. Quase como se fosse a reencarnação da Ticha. Gosto disso e quero orgulhá-la.”
“Representar o meu país é algo que quero fazer sempre que possível. É um orgulho enorme quando posso vestir a camisola da Seleção ao mais alto nível. É um dos objectivos que tenho desde miúdo e o verão passado foi muito bom para mim, porque o consegui concretizar. Aliás, não teria vindo para os Estados Unidos se não tivesse feito seleções jovens. Foi isso que me abriu as portas daqui.”
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