🏀 Neemias Queta e Rúben Prey: oportunidade em Boston, ambição em Nova Iorque
Enquanto Boston prepara um “gap year” que pode beneficiar Neemias Queta, Rúben Prey ganha protagonismo num dos projectos mais ambiciosos da NCAA.
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☘️ Quetalândia: Analistas reforçam ideia de «gap year» em Boston
Há cada vez mais analistas a apontar para a hipótese de um gap year dos Boston Celtics em 2025-26. Entre eles está
, reputado especialista em salary cap e autor da publicação , que dedicou dois vídeos recentes à análise do futuro imediato dos ainda campeões da NBA, no seu canal de YouTube e num podcast com o jornalista Justin Quinn, do Celtics Wire.Com Jayson Tatum lesionado e fora da equação durante, pelo menos, grande parte da próxima temporada, Boston poderá optar por um ano de travessia estratégica. E esse cenário pode abrir novas oportunidades para o português Neemias Queta, como analisámos na mais recente edição do Queta Report.
De acordo com Gozlan, a prioridade do front office liderado por Brad Stevens é clara: reduzir uma factura fiscal sem precedentes. Caso mantenham o plantel actual, os Celtics terão uma penalização superior a 280 milhões de dólares, o que elevaria o custo total da equipa para mais de 500 milhões. Um valor inédito na história da liga - nem mesmo os Golden State Warriors de 2022 chegaram a tanto - e agora insustentável face às novas regras do CBA, que penalizam fortemente equipas reincidentes acima do second apron.
Nesse contexto, Kristaps Porziņģis surge como o nome mais provável a ser envolvido num negócio. “Mesmo que renovado a um valor mais baixo, o seu historial de lesões torna-o um activo arriscado”, alerta Gozlan. A hipótese de troca por um poste jovem, como Mark Williams (Charlotte Hornets), foi discutida no Third Apron Salary Cast.
De resto, também Al Horford e Luke Kornet podem estar de saída. Ambos terminam contrato, e embora seja teoricamente possível o regresso de um deles com um salário reduzido - até 6,5 milhões -, tal dependerá do sucesso de Boston em aliviar a sua folha salarial. Para Queta, este novo contexto representa uma janela rara para se afirmar num projecto menos centrado na pressão imediata de vencer.
Segundo Gozlan, os objectivos financeiros poderão ser alcançados com as saídas de Porziņģis, Jrue Holiday e Sam Hauser, sem necessidade de abdicar de Derrick White ou Jaylen Brown. Ainda assim, White poderá ser negociado se surgir uma proposta substancial. Quanto a Brown, a expectativa é que assuma o papel de líder numa época em que, mesmo sem Tatum, Boston pode manter-se competitivo no Este.
O plano não passa por uma reconstrução total, mas por uma reorientação inteligente: cortar custos, preservar activos-chave, testar lineups, e preparar o regresso de Tatum com uma base renovada e sustentável. Se o plano avançar como previsto, 2025-26 pode ser o palco ideal para Neemias dar o salto que ainda lhe escapou. “Se os Celtics vão mesmo entrar num ano de transição, faz todo o sentido apostarem em jogadores com potencial e contratos controlados”, explica Justin Quinn.
🇵🇹 Rick Pitino rejeita New York Knicks e reforça aposta em St. John’s
“Absolutely not”. A resposta de Rick Pitino à hipótese de regressar à NBA para treinar os New York Knicks foi directa e definitiva. Durante a transmissão do jogo de basebol entre New York Yankees e Cleveland Guardians, o treinador de 72 anos afastou qualquer possibilidade de assumir o lugar deixado por Tom Thibodeau. “Quem entrar ali vai ter uma pressão imensa. Se não chegar às Finais, será considerado um falhanço”, afirmou Pitino, ele próprio nova-iorquino e antigo treinador dos Knicks entre 1987 e 1989.
A recusa de Pitino é um voto de confiança no projecto que lidera na universidade de St. John’s, onde está a construir uma das equipas mais talentosas e mediáticas do panorama da NCAA. E no centro dessa estrutura está Rúben Prey, poste português de 2,08 metros, que se prepara para a sua segunda época sob a orientação do mítico treinador.
Depois de uma temporada de regresso ao protagonismo - 31 vitórias, título da conferência Big East e presença na March Madness - os Red Storm reforçaram-se com nomes sonantes, assumindo-se como candidatos sérios ao título nacional. Analistas como Isaac Trotter, da CBS Sports, colocam a equipa de Prey no Tier 1 da Big East, ao lado de UConn, com destaque para a profundidade do plantel e o perfil atlético e defensivo dos jogadores interiores.
E é precisamente nesse estilo de jogo físico, intenso e atlético que o perfil de Rúben Prey encaixa. Embora parta como uma das principais opções do banco, o internacional luso tem conquistou a confiança de Pitino na parte final da última época, graças à sua capacidade defensiva e mobilidade.
Aos 20 anos, o basquetebolista formado no Paço de Arcos, C.A. Queluz e Joventut Badalona, prepara-se para entrar na fase mais importante da sua carreira universitária. Rodeado de talento de topo e num sistema exigente mas reconhecido por potenciar perfis europeus, Prey tem agora a plataforma ideal para provar que pode ser mais do que um bom papel de rotação e começar a abrir caminho rumo à NBA.
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