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🏀 Análise vídeo | O que esperar das Finais da NBA

Boston Celtics e Dallas Mavericks defrontaram-se na fase regular, mas apenas mediram forças uma vez após o «trade deadline» que reformulou o plantel dos texanos.

Boston Celtics e Dallas Mavericks protagonizam, a partir da madrugada desta quinta-feira, uma final inédita na história da NBA. Os “verdes” até são uma das duas equipas mais tituladas da liga, mas os texanos apenas por duas vezes foram às Finais e em ambas as ocasiões defrontaram os Miami Heat.

Esta época, os C’s ganharam os dois embates com os texanos: 119-110 no final de janeiro, em Dallas, e 138-110 no início de março, em Boston. Ou seja, apenas o segundo confronto aconteceu após as chegadas de P.J. Washington e Daniel Gafford aos Mavericks.

Fomos rever esse segundo jogo para perceber que tendências podemos esperar nas Finais que arrancam esta madrugada. A amostra é obviamente curta, mas há sinais interessantes sobre a forma como ambas as equipas procuraram explorar, nesse jogo, as lacunas uma da outra.

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E agora sim, vamos recuar até à noite de 2 de março, no TD Garden.

Defesa do bloqueio directo

Os Celtics defenderam o bloqueio directo em drop coverage, uma opção conservadora que consiste em manter o defensor do bloqueador - neste caso, Kristaps Porziņģis -, recuado em relação ao bloqueio para prevenir eventuais penetrações dos portadores da bola e proteger o cesto.

A estratégia revelou-se infrutífera contra a capacidade de criação de Luka Dončić e Kyrie Irving, quer para si, quer para os colegas, como podemos ver no seguinte vídeo. Em nenhum momento, Joe Mazzulla optou por fazer 2x1 [blitz] aos ballhandlers, mas sobretudo a Dončić, à saída do bloqueio. Estará a guardar essa carta na manga para as Finais?

Do outro lado, também os Mavs optaram pela drop coverage quando os Celtics traziam um dos postes contrários (Lively ou Gafford) para a defesa do pick & roll. E aí, o ataque castigou a estratégia defensiva, em especial quando o ballhandler era Derrick White, que é claramente o melhor jogador dos C’s na tomada de decisão após bloqueio directo.


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Isolamentos

Os Celtics têm alguns dos melhores defensores individuais da liga e podem ir variando o matchup defensivo para manter sempre alguém com pernas frescas à frente do esloveno. Neste jogo, Luka assumiu vários isolamentos e fê-lo perante três (excelentes) defensores diferentes: Derrick White, Jrue Holiday e Jaylen Brown. O resultado final foi o mesmo em todas as posses de bola.

Os isolamentos serão também explorados pela equipa de Boston e não há muitos corpos no plantel de Dallas capazes de igualar a fisicalidade de Jayson Tatum e Jaylen Brown. Um dos primeiros nomes a assumir essa tarefa deve ser P.J. Washington. Derrick Jones Jr. pode ter mais dificuldades frente aos extremos dos Celtics e Josh Green percebeu, pelo último jogo da fase regular, que vai ser caçado em mismatches pelos “Jays”.


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Jogo interior

Esta é uma série que deve relevar a importância dos bigs de ambos os lados, e a saúde de Porziņģis é uma das narrativas que promete marcar estas Finais. Se o letão estiver totalmente recuperado dará uma nova dimensão ao ataque dos Celtics, uma vez que foi o jogador da NBA que mais pontos por posse de bola gera a partir de post ups.

Do outro lado, Jason Kidd sabe que pode contar com a versatilidade de Maxi Kleber se a opção em postes mais tradicionais, como Lively e Gafford, for insustentável. O alcance de lançamento do alemão dá espaçamento no ataque, mas os Mavericks perdem protecção de cesto na defesa e viu-se, no jogo de março, como os Celtics atacaram o pintado sempre que Kleber esteve em campo.

Neste “jogo do gato e do rato”, Boston tem mais opções para contrariar eventuais dificuldades causadas por Dallas, nos dois lados do campo. Mas o melhor jogador da série está do outro lado da barricada e só podemos desejar que este equilíbrio de forças nos dê uma eliminatória o mais longa possível.


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Foto: Matthew J. Lee (The Boston Globe / Getty Images)

A poucas horas do início das Finais de 2024, o “nosso” Pedro Quedas escreveu umas linhas sobre o caminho que cada equipa terá que fazer para conquistar o troféu Larry O’Brien, deixando ainda uma previsão sobre o vencedor.

Não consigo deixar de ter em conta o historial recente dos Celtics de quebras de concentração em grandes momentos e, acima de tudo, de dificuldade em mudarem de plano quando o plano A não resulta. (…) Os Dallas Mavericks estão dependentes de vários fatores que não inspiram muita confiança.

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Abasteçam-se de café. As Finais estão a chegar!

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Análise Vídeo 📼
Espaço de análise táctica e 'breakdown' de 'set-plays' e tendências de jogadores ou equipas, com recurso a vídeo.
Authors
Ricardo Brito Reis