🏀 Análise vídeo | Neemias Queta vs. Golden State Warriors

O "The Neemias Queta Game" teve «highlights» para todos os gostos, mas sobretudo deixou à vista uma (nova) qualidade do poste português que pode ser absolutamente decisiva para a sua carreira na NBA.

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Foto: Brian Babineau (Getty Images)

Depois da primeira titularidade da carreira, na visita aos Atlanta Hawks, Neemias Queta voltou a entrar de início pelos Boston Celtics, desta vez frente aos Golden State Warriors, em pleno TD Garden, perante 19156 espectadores que esgotaram o pavilhão dos campeões da NBA.

No final da noite, os adeptos dos Celtics “choravam” uma derrota naquele que devia ter sido o jogo de vingança de Jayson Tatum, depois de ter ficado sentado no banco de uma Team USA liderada por Steve Kerr, treinador dos Warriors, em dois encontros dos Jogos Olímpicos de Paris.

Os adeptos mais atentos, no entanto, terão reparado que, entre os seis jogadores da equipa de Boston que jogaram mais de 25 minutos, apenas um registou um box plus/minus positivo: Neemias Queta. Com o português em campo, os Celtics ganharam por 13 pontos. Sem ele, perderam por 19.

Mas até os adeptos mais desatentos repararam numa mão cheia de jogadas em que o gigante do Vale da Amoreira brilhou: os alley-oops espectaculares, os abafos a Andrew Wiggins e Steph Curry, o putback dunk após ressalto ofensivo e o afundanço na cara de Kevon Looney.

Neemias vive um estado de graça que poucos imaginavam e os números ajudam ao encantamento. Nos 125 minutos em que o poste luso esteve em campo, esta época, os Celtics sofreram 0,954 pontos por posse de bola, o que seria suficiente para liderar a NBA. Nos minutos sem ele? Boston sofreu 1,136 pontos por posse de bola, equivalente ao 18.º registo entre as 30 equipas da liga.

Neste jogo, Queta foi uma espécia de Midas que transformou em ouro todas as posses de bola que influenciou, nos dois lados do campo. Ainda assim, por mais highlights que tenha colecionado, o mais importante que aconteceu esta madrugada pode ter passado despercebido para muitos, mas é aquilo que pode garantir ao internacional luso de 25 anos uma carreira longa na NBA.